domingo, 8 de fevereiro de 2009

Eclipse


Bella Swan:

- Pode me beijar, Jacob?

Seus olhos se arregalaram de surpresa, depois se estreitaram, desconfiados.

- Está blefando.

- Beije-me, Jacob. Beije-me e depois volte. [...]

Jacob tinha razão. Teve razão o tempo todo. Ele era mais do que apenas meu amigo. Por isso era tão impossível me despedir dele – por que eu estava apaixonada por ele.

Julguei ser este, o trecho mais importante do livro. Pelo menos para mim.

A história poderia ter terminado com a conclusão de que Bella estava apaixonada pelo amigo. Mas o enredo não gira em torno disso, não é mesmo? A história não é sobre uma humana que se apaixona por um vampiro deus-grego e blá, blá, blá?

Portanto, a autora prossegue o parágrafo acima da seguinte forma:

“... Eu o amava, muito mais do que devia, e, no entanto, ainda não era o bastante. Eu estava apaixonada por ele, mas não era suficiente para mudar nada; era só o bastante para magoar a nós dois. Para magoá-lo ainda mais do que eu fizera.”

E o livro discorre mais umas oitenta páginas depois dessa ‘conclusão’.

Essa história de ficar dividido entre um grande amor e uma amizade é bem complicado. Minha querida personagem (Bella), não tinha muita escolha, ou tinha, né? Mas ela é perdidamente apaixonada por Edward. Ela o ama com toda a intensidade de sua existência e o que mais deseja é a eternidade ao seu lado.

Eu não acredito nesse amor demasiado. Acho até mesmo doentio. E esse papo de se tornar vampira e provar da eternidade... Ao contrário dela, eu não acho nada tentador.

A vida é boa demais e a gente deveria dar valor a ela, por saber que é passageira. A partir do momento que o pra sempre, não acaba... Perde-se o sentido e chega a ser até perturbador.

Mas tirando essas discussõezinhas bobas de lado...

Achei Eclipse ótimo, como os outros. Claro que eu tenho um ranking pessoal: Lua Nova, Eclipse e Crepúsculo. Em forma decrescente de acordo com o meu ‘gostar’, mas todos têm uma leitura muito gostosa e envolvente.

Eu julgo um livro como bom, quando ele tem o poder de me prender do início ao fim. Se já me empolga a ponto de querer devorá-lo, ao invés de ficar contando as páginas que faltam para concluí-lo, eu o julgo como ótimo livro. E é isso o que posso dizer de Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse.

É tão gostoso quando me envolvo com os livros que estou lendo. Imaginar as cenas, ficar torcendo para as coisas darem certo. Eu tomo partido da história de uns, fico torcendo para um romance dar certo, uma batalha acabar sem maiores danos... Tomo antipatia de alguns, apaixonar por outros. Envolver. Eu acho fantástico. Está aí a graça de ler.

“- Antigamente eu pensava em você assim, sabia? Como o sol. Meu sol particular. Você compensava bem as nuvens para mim.

Ele suspirou.

- Com as nuvens, eu posso lidar. Mas não posso lutar com um eclipse.”

... Concluiu Jacob, levantando a bandeira branca.

E que venha o último livro da coleção: Amanhecer!

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