segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sobre o 'tudo'


"Ando com minha cabeça já pelas tabelas
Claro que ninguém se toca com a minha aflição
Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela
Eu achei que era ela puxando o cordão." 

Ainda sobre o novo que me atormenta...

Meu mundo está de pernas pro ar li-te-ral-men-te. Ele está fragmentado e, com isso, sinto-me perdido. Pessoas novas entraram na minha vida, vindas de lugares diversos, com cultura e conceitos diferentes do meu e, por hora, isso confronta com os princípios, os quais eu carreguei/carrego até aqui. Parece bobo, mas tudo isso realmente me afeta.
Acredito que só agora entrei de vez nesse universo jovem, para não dizer adulto. Estou aprendendo os seus protocolos, seus acordos e tudo o mais. 
Volta e meia eu sinto necessidade de reestruturar o meu ego e dizer: quem é você? De onde você veio? Sinto imensa necessidade de voltar para mim por um tempo para digerir todas essas coisas que tem me atravessado. Eu senti o peso desse novo desde que minhas aulas começaram, quando comecei a andar pelos corredores da FAFICH e conclui: isso aqui é muito diferente do que eu conhecia. 
Talvez eu vivesse num mundo ainda infantil/infantojuvenil, mais inocente, não nego! E as mudanças nessa atmosfera mudaram abruptamente. Só aos poucos eu vou absorvendo e organizando tudo. 
Mas tudo isso é bom, muito bom para falar a verdade. Vou amadurecer bastante. Gosto de conhecer pessoas novas, diferentes de mim que tenham uma outra perspectiva de vida a me mostrar, que tenham coisas novas a me acrescentar. Só que a minha adaptação leva tempo, o que é muito natural.
Ainda bem que tenho a minha terapia, além dos meus amigos, é claro, para me ajudarem a racionalizar em cima dessas coisas que acabei de contar. Tenho também a escrita, ela eu tenho certeza, não me abandonará nunca!

- Vamos enfrentar tudo isso, de mãos dadas. Vem comigo?

sábado, 24 de abril de 2010

Sweet Nineteen


Espero que o cansaço físico e mental não me empeçam de exprimir da maneira certa tudo o que tenho para falar. Falar é preciso...

Hoje completo os meus 19 anos. Os números pouco importam, pelo menos por agora... O mais válido no momento é observar como tenho amadurecido, como tenho vivido minha vida intensamente. 
Digamos que eu esteja em um momento ímpar da minha vida. Acabo de entrar pra faculdade, estou conhecendo um milhão de pessoas gente boníssimas, há um turbilhão de informações a serem processadas no meu cérebro, muito, mais muito conhecimento vindo pela frente...
Confesso que estive perdido, talvez eu ainda esteja. Tenho dificuldade de me ver nessa corda bamba, sem qualquer apoio para eu me segurar. Mas é isso,  o menino cresceu e não tem mais a mãe ao seu lado para acompanhá-lo onde quer que ele vá, para lhe dar a mão na hora de atravessar a rua, para o defender das coisas ruins que a vida, por vezes, insiste em nos apresentar. 
Sempre fui muito adulto pra minha idade e isso às vezes é ruim. Tive infância sim, tive adolescência também, com as típicas crises existências que nos assaltam nessa época... Mas eu nunca tinha 'curtido' minha vida como um jovem, como tenho feito agora. carpe diem. Isso faz falta, muita falta. Não há nada melhor do que estar ao lado de pessoas que você gosta, que te fazem bem...
Eu estou me organizando ainda, mesmo porque tem pouco tempo que minhas aulas começaram e que meu mundinho ficou de pernas pro ar devido ao universo novo que me foi apresentado. A minha terapia tem me ajudado muito a racionalizar em cima de tudo isso. Lá eu organizo as minhas ideias. 
E lá se vão quase quatro anos de terapia... Digamos que esse processo de auto-análise me ajudou muito a enxergar o Filipe que sou, ou, os Filipes que sou... Cheios de defeitos e qualidades também, porque não!? Tenho imensa dificuldade de lidar com os meus erros, meus defeitos... Me repudio mais do que eu devia, volta e meia esse meu eu. ainda se faz irritante... Contudo não me nego um abraço apertado, uma palavra de apoio.
Assim eu sigo, procurando me aceitar com todos defeitos e qualidades, melhorarando como pessoa. Quero me aperfeiçoar na minha arte - a escrita. E ,acima de tudo, viver, mas com a graça, com a cor, com essa ginga que me é peculiar.

domingo, 11 de abril de 2010

Um (outro) canto

Vou me lançar,
vou girar...
Vou dançar valsa,
vadiar...

Vou viajar nessa idéia,
vou acreditar nessa farsa!

Vou me lançar,
vou gritar...
Vou dançar salsa,
rodopear...

Vou mergulhar nesse sonho,
vou me desligar desse mundo - real!

Vou me lançar,
vou sem medo.
Vou pr'outros cantos
com esse canto.

Vou visitar outros terrenos,
vou me envolver nesse encanto!

- Me acompanha nessa dança?