É mês de janeiro
e o recomeço, cadê?
Há tanta distância,
há os buracos na
estrada. Há a
chuva. Ah, como
há! A danada
dificuldade de
se aproximar-em.
Chega!
Chega dessa [ ].
Chega mais perto:
Há a preposição,
ou está por vir?
Prepor, sobrepor,
interpor e até
mesmo propor. Ou
quem sabe o
primitivo poer?
Basta!
Basta um
pouquinho.
Basta eu e
você bastarem.
Ah, conjunção! Sempre,
sempre adversativa.
Nunca, nunca aditiva,
tão pouco alternativa.
Assim fica difícil coordenar,
conjugar, coabitar...
comemorar.
É mês de janeiro e
as chuvas de verão
trouxeram a
saudade da intimidade
compartilhada. De reunir
dois umbigos num
abrigo – por ora vazio.
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